Neste ano, o Legião Urbana ganhou mais um tributo/homenagem. Trata-se do "Urbana Legion", idealizado por Egypcio, vocalista da banda Tihuana. Além dele, compõe o grupo os músicos PG (bateria/Tihuana), Marcão (guitarra/Bula) e Lena (baixo/bula).

Em junho, conversei com o Egypcio rapidamente, e o que rolou durante esse bate-papo vocês podem conferir a seguir:

O que te motivou a criar uma banda em tributo ao Legião Urbana? 
Em primeiro lugar por ser muito fã da banda, e também por fazer questão de levar letras inteligentes e boa música a essa galera mais jovem que não pode curtir Legião Urbana. 

O repertório de vocês é baseado em quais discos?
Do homônimo "Legião Urbana" (1985) ao "Quatro Estações" (1989). 

Como vocês escolheram as canções que fariam parte do projeto? 
Foi difícil, pois é um repertório vasto de sucessos. Após inúmeros ensaios, reunimos 46 músicas nas quais as que ficavam melhor com a gente tocando passaram a ser o repertório de 30 músicas. 

O Legião é uma banda que, digamos, nunca envelhece. E, mesmo com essa “troca de geração”, Renato Russo e seus companheiros nunca foram esquecidos. Mexer na obra deles, então, é algo perigoso. Como vocês se prepararam para essa empreitada? 
Verdade, sabíamos que estávamos mexendo com algo sagrado! Por isso mantivemos o respeito e a originalidade das canções, mas sempre mantendo também nosso o DNA musical. 

Como tem sido a recepção do público nas redes sociais e nos shows? 
Melhor impossível. Estamos surpresos a cada dia pela quantidade de fãs e legionários que veem nos seguindo. E isso é incrível, porque mostra que estamos no caminho certo. 

O que um fã do Legião Urbana pode esperar desse projeto? 
Trabalho sério e respeito a obra da Legião Urbana.

Vocês já pensaram em gravar um disco de estúdio, ou até mesmo um DVD para deixar registrado esse projeto? 
Até o momento não, mais sabemos que seria legal registrar essa turnê em DVD. Vamos ver...

Qual é a estrutura de shows vocês? 
A banda viaja com parte de som, luz e cenário próprio. Para o projeto, tentamos nos preocupar com cada detalhe, porque em nenhum momento queríamos criar somente mais um show. Nossa meta é ver o público saindo da apresentação emocionado. 

Por ser um projeto “despretensioso”, vocês acreditam que o clima dos shows é mais tranquilo, e, por isso, as cobranças acabam sendo menores? 
Muito pelo contrário. Acredito que a nossa cobrança é ainda maior por se tratar de um tributo ao Legião, uma banda tão emblemática. Queremos fazer com que o público se sinta bem, e se emocione como se estivesse em um show deles. Por isso, a cobrança é grande. 

Qual foi a sensação de tocar no Circo Voador? Levando-se em conta que o Legião fez um super show lá em 85... 
Sensação única! Uma experiência única na minha vida. Conseguimos lotar a casa em plena quarta-feira... foi lindo e emocionante. 

Qual é a sensação de “encarnar” o Renato nos palcos?
Eu procuro cantar com muito amor e emoção. Literalmente, cantar com a alma.. e espero que o Renato esteja feliz por isso. 

O que o Dado achou da ideia? 
Temos uma boa relação, tanto com os ex-integrantes da banda, quanto com a família Manfredini. Graças à Deus, ambos apoiaram o projeto.

Quando o Wagner Moura foi escolhido para o tributo do Legião em 2012, ele sofreu criticas bem negativas. Vocês tiveram medo disso se repetir? 
Não. Acho que, durante toda a concepção do projeto, sabíamos o que estávamos fazendo.

Urbana Legion tem prazo de validade? 
Pode se dizer que sim, só não sei te falar quando. O projeto ainda é muito embrionário, temos recebido convites por todo o Brasil... inclusive, faremos um show em Los Angeles ainda esse ano.