São 795.537 inscritos (até o fechamento desta matéria) e mais de 87 milhões de visualizações. Esses são os números de Taty Ferreira, estrela do canal Acidez Feminina. Depois de conquistar o YouTube e milhares de admiradores, a mineira resolveu colocar toda sua experiência no papel e lançou, recentemente, o livro "Manual da mulher bem resolvida".

Que Taty não tem papas na língua – seu apelido na internet é “acid girl” – todo mundo já sabe. Aliás, foi por causa desse apelido que a mineira migrou para o YouTube. Há cinco anos, ela escrevia para o site Testosterona, e, depois de se cansar da frase ‘comece a fazer vídeos’, criou uma conta na plataforma. Desde então, conquistou muitos fãs. Por lá, fala sobre relacionamentos, sexo, tabus, e, principalmente, independência feminina. “Se eu sou uma mulher bem resolvida? Sou. Da minha maneira, mas sou”, conta em entrevista.

Agora, Taty também é escritora. “Se eu pudesse classificar essa obra, colocaria ela como ‘um livro de opinião’. Adorei essa experiência”, diz. “Mas você prefere escrever ou fazer vídeos?”, questionei-a. “Fazer vídeos. Sou muito melhor falando, eu penso menos”, revela, rindo. Agora, a pergunta é: será que a vlogueira conseguiu passar toda essa “acidez” para o papel? Pode apostar que sim. Inclusive, o título da obra saiu de um dos vídeos dela, "Manual da mulher bem resolvida". 

Fale um pouco desse livro. Como você o define? 
Eu me considero uma mulher bem resolvida. E o livro fala disso, sobre a minha maneira de ser bem resolvida. Quem comprar o livro encontrará uma mulher falando sobre coisas que podem fazer com que ela se identifique. Tem várias histórias pessoais, e, inclusive, a maioria das situações foram coisas que eu vivenciei. Para quem assiste o canal, verá que eu aprofundo muitas das minhas ideias que já expressei anteriormente.

E você conseguiu manter a sua parte “ácida” no livro? 
Creio que sim. Se eu não conseguisse, acho que eu não estaria sendo eu mesma, e o pessoal não seria tão receptivo com o livro. Acredito que não faz sentido mudar do dia para a noite só porque escrevi um livro. E, por falar nisso, como têm sido a recepção do público? O lançamento foi em BH. Levei dez pessoas da minha família, porque pensei ‘se não aparecer ninguém, pelo menos tem essas dez pessoas lá’. Mas, quando cheguei, a livraria estava lotada. Entrei, e pensei ‘nossa, o pessoal aqui lê bastante, sábado à tarde e todo mundo comprando livro’. Mas não. Todas aquelas pessoas foram para o lançamento! A partir disso, foi um sucesso. Em São Paulo o evento contou com mais de trezentas pessoas.