Com apenas um disco, Ludmilla conseguiu passar de aposta a
ídolo nacional. Mais do que isso, a cantora ainda conquistou
a tão sonhada estabilidade em apenas dois anos. A faixa Hoje
(que também intitula seu álbum de estreia) foi lançada em agosto de
2014 e desde então aparece entre as mais tocadas – não só nas rádios
FM mas também nas danceterias e clubs de todo país.
Se o estouro se deu em 2014, a cantora encerrou 2015 com um
saldo muito mais que positivo. Modernizou seu show, foi indicada a
importantes prêmios – entre eles Melhores do Ano (Domingão do
Faustão) e MTV Europe Music Awards –, e participou do tradicional
especial de fim de ano de Roberto Carlos (Rede Globo). Assim,
quando iniciou 2016, Ludmilla já se projetava como um dos maiores
nomes do pop nacional.
No primeiro semestre, enquanto ainda colhia os frutos de seu primeiro
disco e realizava dezenas de shows, a cantora começou a trabalhar
em seu novo álbum. Para iniciar a nova fase, lançou a faixa Bom,
que ganhou em julho um clipe produzido por Felipe Sassi, Amanda
Hayar e Layla Guchilo. Em apenas três meses, o vídeo ultrapassou a
marca de 25 milhões de visualizações, comprovando que o projeto será
tão bom quanto seu antecessor. “É uma canção que tem um ‘flow’ mais
acelerado e que foi inspirada nos sons que tocam no Viaduto de Madureira,
no Rio”, explica a artista. “Nossa ideia é sempre surpreender o
público e o mercado. Eu me cobro muito, quero que tudo fique perfeito.
Acho que este disco vai dar o que falar”.
Intitulado A danada sou eu, o projeto conta com produção de Umberto
Tavares e Jefferson Júnior e será lançado até dezembro pela
Warner Music. No setlist, 14 faixas inéditas, sendo que quatro delas
já foram divulgadas na internet: Bom, Sou eu, Abstinência (part. Filipe
Ret) e Tá tudo errado. “É uma nova fase em minha carreira. O álbum
está bem eclético e mistura diferentes gêneros, como pop, funk e reggaeton,
além de contar com participações de Gusttavo Lima e do
rapper norte-americano Jeremih”, revela Ludmilla.
E se você espera apenas por canções animadas, chegou a hora de se
preparar para uma surpresa. De acordo com Ludmilla, o álbum na
versão digital trará uma faixa-bônus intitulada Duas doses de saudade.
“É uma música bem romântica, algo que nunca fiz antes. Estou ansiosa
para saber o que meus fãs irão achar”, comenta.
› Empoderamento
Indicada ao prêmio de Melhor Artista Brasileiro pelo Europe Music
Awards 2016, Ludmilla caminha para ser uma das maiores referências
da música pop no Brasil. Em paralelo, a artista também se tornou, para
alguns fãs, uma das caras do empoderamento negro no Brasil. E não
é à toa, já que suas canções são repletas de atitude. “Os artistas são
formadores de opinião e, mesmo que indiretamente, acabam influenciando
outras pessoas. Quando uma pessoa empodera a si, tem condições
de empoderar as outras”, reflete. “Não me acho um exemplo a
ser seguido, nem sou feminista de carteirinha, mas tento fazer sempre
a minha parte”, finaliza.´
Matéria publicada na edição #172 da revista Sucesso!
Marcadores: Entrevistas, Música
Postar um comentário
Deixe um comentário: